domingo, 26 de setembro de 2010

Fragilidade

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Resolvi não levantar da cama esta manhã. Acordei com uma estranha sensação de fragilidade, ousava mal me mover, na verdade estava com medo de quebrar. Me sentia fraca, pequena e indefesa... Me deu um vazio, senti vontade de chorar, mas não chorei, permaneci forte e, ao mesmo tempo, fraca. Tão frágil quanto um pássaro de asas quebradas.

sábado, 25 de setembro de 2010

É apenas uma praça e um potinho de sorvete

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A gente não se vê já algum tempo e eu confesso que ainda sinto saudade, de vez em quando. E hoje a saudade foi mais forte, simplesmente porque resolvi sair um pouco de casa, me distrair, sabe? Mas o meu coração traiçoeiro e os meus pés já acostumados me levaram justamente para aquela praça, aquela que você dizia que lembrava o primeiro beijo. Então vi o homem do sorvete e aí eu lembrei das vezes que estando lá, você o avistava de longe e saia correndo para comprar o meu sabor preferido, mesmo não gostando muito de morango, comprava só para me agradar.
Você me conhecia tão bem... Nunca mais encontrei ninguém com curiosidade/coragem suficiente para querer entrar nesse meu confuso mundo de múltiplas cores.
Ei, queria saber se você está bem? Se melhorou daquela gripe, se curou aquela unha encravada, se continua tomando as suas vitaminas? É, eu sei você não vai responder, nem quer, tudo bem. Queria saber se ler meus textos, se sabe que tenho um blog, ou se ainda lembra que eu tenho. Ah, esquece vai, era só uma praça e um potinho de sorvete!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Formas de Amar

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Para sempre. Essa frase é muito longa e depende do destino que é muito vago e, como se não bastasse, é irmão do futuro, que por sua vez, é totalmente incerto.
Bem, se eu sabia de tudo isso por que acreditei em você? Talvez porque eu goste de me enganar, sempre tive uma tendência sadomasoquista.
Lembro muito bem do meu primeiro amor, Leonardo di Caprio, lindo, loiro, romântico, uma mistura de tudo com não-quero-mais-nada. Gostava da ideia de amá-lo, mesmo sem ele saber. Só o meu amor bastava para nós dois.
Mais tarde, deitada em um divã, descobri que isso que eu sentia pelo Léo (pois é, tinha até apelido) era o famigerado Amor Platônico. O nome não me agradava, mas a forma de amar sim. Porque o amor platônico é sinônimo da verdadeira concepção do amor, aquele de total entrega e doação, sem se esperar nada em troca.
Se isso machuca? Não. Como posso culpar uma pessoa por não sentir algo, sendo que nem ela sabe o que deveria sentir?
Bem diferente do Amor não correspondido , e esse realmente dói, porque você sabe o que sente e o outro também, mas ele simplesmente não se importa.
No amor platônico, o sentimento é seu, você é responsável por ele. Enquanto no amor não correspondido você divide com o outro o amor, cria expectativas, planeja o futuro e a recíproca, infelizmente, não é verdadeira.
No amor platônico você é tão auto-suficiente que é capaz de amar pelos dois. E o amor não correspondido? Sua auto-estima é zero, porque todo amor, inclusive o próprio, foi entregue ao outro. E você se transforma em um fantasma do que foi um dia.
Vejam bem, eu não estou defendendo esta ou aquela forma de amor, até mesmo porque amar só é realmente bom quando acontece ao mesmo tempo para ambos. Mas entre amar de forma velada e ser esnobada por amar alguém que não merece, eu prefiro a primeira opção. Ou eu amo e recebo amor em troca ou guardo esse sentimento para mim. é sempre bom ter uma reserva para os momentos de pós-separação. Tenho certeza que a minha auto-estima vai agradecer!

domingo, 19 de setembro de 2010

Eu vou esperar

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Eu vou esperar, pacientemente, que tudo se normalize, que o meu coração volte a bater, que meus olhos voltem a brilhar e meu rosto ganhe de novo um sorriso.
Eu vou esperar, pacientemente, que essas feridas cicatrizem, que minha lágrimas cessem e que eu possa voltar a suspirar sem que o meu pensamento seja invadido pela sua lembrança.
E vou esperar, pacientemente, que o outro venha. Mas não o esperarei em um cavalo branco, até mesmo porque sei que esses não existem mais. Passei dessa fase de acreditar em príncipes encantados!
Eu vou esperar, pacientemente, por aquele que devolverá todos os meus sonhos, minha alegria e que traga novas cores ao meu mundo porque, sinceramente, cansei dessa decoração preto-e-branca. E vou recebê-lo de braços abertos e sem nenhuma restrição. E vou aceitar os seus defeitos e manias chatas para que ele também possa aceitar os meus. E a ele darei um novo apelido e receberei outro em troca, nada muito adocicado, vai ser a nossa forma de dizer eu te amo em uma única palavra. E dessa vez, as juras de amor terão como cenário um céu estrelado.
Não cometerei com ele os mesmos erros que cometi com você, o de amar demais. Será algo na mesma proporção, aliás, ele me amará mais para que me sobre amor para dar a mim mesma.
E assim eu esperarei, pacientemente, para que esse novo alguém substitua os meus dias nublados por manhãs ensolaradas, meu isolamento por passeios no parque, minhas lágrimas por gargalhadas, minha dor por amor, um amor de verdade que só a paciência do tempo é capaz de revelar.

sábado, 18 de setembro de 2010

Me (re)organizando

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Resolvi por ordem em toda essa bagunça. Comecei pelo quarto, guarda-roupa, gavetas, enfim. Até que encontrei, no meio de toda essa tralha, alguns dos seus bilhetes, poucos, mas em sequência. Ao lê-los percebi que você já vinha me avisando da tua ida, de forma sutil, quase imperceptível, para entender precisava-se atentar para os detalhes, e eu nunca fui boa nisso, lembra? Pois é, você sabia desse meu problema com esses malditos detalhes, deveria, portanto, deduzir que eu não iria percebê-los. Por que não foi mais explícito? Por exemplo, quando você diz: "Quando estou contigo me sinto bem e não quero ficar sem você". Eu entendo: "Eu te amo e quero ficar do seu lado pra sempre". Sacou a diferença?
Eu sou leonina e faz parte da minha natureza o exagero. Não existe detalhes! Só percebi mesmo depois que acabou. E sofri (ainda sofro) por não ter sido avisada a tempo.
Mas não tem nada, não. Eu já estou reorganizando a bagunça, os cacos do meu coração já estão colados, usei uma cola super bond que me garantiram ser de uma resistência incrível. E a casa vai, aos poucos, se arrumando. E tudo voltará para os seus devidos lugares, inclusive o meu teimoso coração.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Por que ainda volta se não pretende ficar?

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Hoje ele estava aqui comigo. Eu, toda iludida, me sentindo tão bem, tão especial...E como se não bastasse, ainda me deu a sua mão e eu fiquei ali com essa minha mania biruta de tentar ler o futuro. Até que ele disse que eu estava quente, disse isso colocando a mão na minha testa, me fazendo achar que ele ainda se importava comigo; Uma espécie de maldade involuntária.
Mas não era febre o que eu tinha, era o calor que ele me causava, me passava, me emprestava. Por que sem ele, por dentro, tudo é tão frio. E basta o toque de sua mão para me aquecer. Ele é o meu remédio e proporciona efeito imediato. E aí tudo está bem, mesmo eu sabendo que logo ele vai me deixar. E agora eu só consigo ouvir o meu coração chorando baixinho.

Algodão Doce

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Estava sentada na janela quando vi o moço do algodão doce passar e por alguns instantes relembrei a primeira vez que comi aquele pedacinho de céu.
Eu devia ter uns seis ou sete anos e sempre ficava espiando pelas grades da escola o homem passar. Até que um dia o porteiro, seu Feliciano, se compadeceu de mim e abriu o portão. Fui correndo e chegando lá fiquei olhando, abismada, aquele homem transformar açúcar em pedaços macios de algodão. E quando eu coloquei o primeiro pedaço na boca que desmanchou, eu pude sentir o melhor gosto do mundo. E até hoje não posso ver, é meu ponto fraco. Afinal, não é todo dia que se tem a sensação de comer nuvem cor-de-rosa.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Eu só queria ver as estrelas com você

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Lembra quando você disse que iria ser pra sempre, mas eu não acreditei? Então, quer dizer que é assim, depois que eu acredito você muda de ideia?
Vovó costumava dizer que crescia uma verruga no dedo quando se apontava para uma estrela. Eu morria de medo, por isso ficava ali, só olhando e depositando meus sonhos de menina nelas. Mais tarde li em uma fábula qualquer que o amor só acontecia, de verdade, debaixo de um céu estrelado. Acho que é por isso que o nosso nunca aconteceu! Nunca olhamos as estrelas juntos para que elas presenciassem e abençoasse todas aquelas promessas de futuro feliz. Eu até insistia na ideia, mas você gostava mesmo era de sol. Agora eu me pergunto: Qual a validade de se dizer eu te amo debaixo de um sol escaldante do meio dia? Nenhuma!
Inverno, primavera, outono tudo isso lembra amor, sorrisos, pique-niques, abraços, corpos colados... Verão, não, lembra calor, suor, vontade de se sentir livre... Foi o sol, tenho certeza disso! Como é que o amor, que é um sentimento quente, resiste ao calor? Verão é paixão e não amor.
Pois é querido, então era só paixão. Pena que só você pensa assim, porque eu, ainda espero o restante das estações.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Terde demais

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Houve um tempo em que eu não podia nem te ver.
Agora posso estar de frente a você
Que meu coração não sente mais nada!
Me desculpa te falar, mas tenho que dizer,
Que hoje, mesmo acreditando em você,
Você se apaixonou por mim na hora errada!

Tarde demais! Tchau, tchau! Amor!
Tarde demais! Tchau, tchau! Já vou!
Não volto atrás...

domingo, 12 de setembro de 2010

A Despedida

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Você vai aprender a viver sem mim, foi isso a última coisa que ele me disse antes de atravessar aquela porta.
Ele colocou a mochila nas costas e saiu antes que eu pudesse dizer uma ou duas palavras. Bateu a porta e sumiu logo na primeira esquina da rua, acho que não quis prolongar o meu sofrimento em ter que vê-lo partir. Nos meus olhos milhares de lágrimas contidas ameaçavam derramar a qualquer momento.
Ele não sabia o que estava dizendo, não imaginava que eu jamais aprenderia a viver novamente sozinha ou com qualquer outro alguém. Era tudo tão completo, tão perfeito, tão feliz que sem ele nada restava. Nada.
Mas finais são sempre assim, tristes e frios. E nos meus momentos de fossas, eu lembrava de certos filmes que havia visto, livros que havia lido e músicas que havia ouvido. Todos falavam sobre abismos, sobre casais desfeitos, amores não correspondidos, dores profundas, estradas sem fim. Mas dentro da ficção, tudo sempre tem cura: um outro amor, uma reconciliação, um novo brilho nos olhos. Na realidade, tudo é diferente. Ele não vai mais voltar e eu jamais encontrarei alguém que possa substituí-lo e talvez eu me esqueça, com o passar do tempo, coisas simples como andar de bicicleta ou de praticar o meu latim, mas jamais esquecerei a sensação de estar ao lado dele.
O problema é que ele sabe demais. Sabe sorrir, chegar, escrever, contar estórias, ouvir as melhores músicas e dar o melhor abraço do mundo. Além disso ele é lindo, aos meus olhos, lindo além da conta. Uma mistura de elementos doces, ásperos, cítricos e delicadamente aromatizados. Ele sabe ganhar um sim de mim em todos os momentos, basta me olhar com aqueles olhos inexplicavelmente sedutores. Maldito olhar, maldito sorriso.
Eu cai em todas as armadilhas, sem exceções. Acontece que pra ele eu era apenas mais um número, uma vítima, um degrau a ser subido.
E agora, com a cabeça encostada na mesa, eu penso que ainda morre-se por amor, por mais que a postura conteporânea tente abolir certos ritos poéticos. Não é uma morte imediata, não é o mesmo veneno tomado por casais medievais apaixonados, é mais lento. Morre-se devagarzinho, dia após dia. A sorte é que como demora, ainda há tempo de reagir, basta secar as lágrimas, abrir as janelas e esboçar um sorriso para o estranho do outro lado da rua.

sábado, 11 de setembro de 2010

Traição da Alma

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Quem diria que eu, leonina legítima, vaidosa ao extremo, compradora compulsiva, me tornaria isto. O desleixo tomou conta do meu corpo e a preguiça da minha alma. Já não me olho mais no espelho, perdi minhas escovas de cabelo e me esqueci da minha porção diária de cosméticos anti-ressecamento, anti-sinais, anti-celulite... Atualmente só uso o anti-expressão. Me transformei em um ser apático, diria até vegetal, inclusive, já apresento uma cor que muito se aproxima do verde, mesmo. Não tenho nem vontade de abrir as janelas para deixar os raios solares entrarem, mas é até melhor assim, o meu corpo pode reagir e começar a produzir fotossíntese.
Me perdi, ou melhor dizendo, me esqueci. A verdade é que o meu amor próprio encontra-se em stand by, e isso não deixa de ser uma forma de traição da alma. Veja só, ganhei uma vida novinha, um coração saudável e uma porçãozinha de sonhos, e o que eu fiz? Entreguei tudo isso nas mãos de outra pessoa que não deu valor. Da vida ele aproveitou, o coração ele machucou e os sonhos ele destruiu um por um. Fui uma adúltera, trai a mim mesma. Não poderia ter me trocado assim por alguém que não valia a pena, porque o reconhecimento do amor próprio é o começo de um amor sem fim.

Será Esquecimento?

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Hoje eu não lembrei de você.
Acordei, trabalhei, estudei, vi pessoas, senti cheiros, ouvi vozes e até suspirei e mesmo assim não lembrei de você. Será que eu te esqueci? Será que a saudade foi embora e deu espaço para uma vaga lembrança?
Não posso dizer que você não foi importante, seria muita injustiça da minha parte, afinal é você quem me dar inspiração para os meus tristes posts. E aí eu me pergunto: E depois de você? Será que futuramente eu irei escrever coisas sobre moda, beleza, entretenimento? Ou escreverei sobre olhares cúmplices, pares perfeitos e amores correspondidos?
O meu coração tá sarando, sabe? E tem mais, talvez você não saiba, mas eu inventei uma vida nova e nela , não lembrei de deixar um espaço para você. Será que eu te esqueci? E você, será que também já me esqueceu? Será que no meio de tanta confusão de sentimentos é assim que acaba? O amor morre, a saudade vai embora e o tempo se encarrega de apagar tudo?
Eu não penso mais em você, mas então, por que ainda insisto em lembrar que te esqueci?

Sinto Muito

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Eu precisei de tempo para decidir acabar com essa estória de te amar. Confesso que meu coração ainda bate forte quando te vejo, mas respiro fundo e digo a mim mesma: Não, você não vai desistir agora! Fiquei mais racional. E como você mesmo diz, "não vamos envolver sentimentos".
Juro que agora e para sempre, eu vou parar de te amar, e com todas as forças que eu tiver, não vou te desejar, não vou te querer nem por um segundo sequer, e nos meus sonhos colocarei qualquer pessoa que não seja você, e nos rostos conhecidos não procurarei o seu, e todas as coisas que você me disse eu irei esquecer, e todas as promessas de futuro serão um passado distante agora. Vou destruir a esperança de construir uma história com você, e calarei todas as palavras que eu não consegui te dizer. Aquele apelidinho? Você nunca mais vai ouvir, e eu também não irei lembrar de como você me olhava tão demoradamente, como que se estivesse me lendo por dentro. Eu não vou me (re)apaixonar por alguém assim. Alguém para quem eu entreguei todo o meu amor e fez de conta que não viu, fingiu não saber.
Se eu não fui especial pra você e se meus erros apagaram todos os nossos momentos bons, eu lamento muito por isso.
Talvez o encanto se quebrou e a luz dentro de mim se apagou, o que aqui dentro ainda existe ficou invisível e desinteressante aos seus olhos e eu, de verdade, sinto muito por isso.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Apenas um lugar

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Havia alguma coisa nele que me fascinava, não, ele não era bonito, era diferente, exótico. Talvez fosse a personalidade, sempre tive essa mania de admirar os outros além da pele. Ele tinha um ar que outrora acreditava ser de mistério, mas hoje percebo que era de indecisão mesmo, e isso me fascinava ainda mais, sempre quis ser o norte de alguém.
Acontece que eu não consegui guiá-lo, então resolvi segui-lo e assim me perdi. Abandonei meu eu para me transformar em sua. Me esqueci, me relaxei, me anulei. Me tornei, por amor, uma mulher submissa, sem opinião, minhas respostas se resumiam a sim, aceito, tudo bem. Mas não estava tudo bem, nada está bem agora. Você se foi e eu não pude te acompanhar, voltar não posso mais, me afastei demais do meu mundo. Seguir? Pra onde? Estou parada e sendo absorvida pela areia movediça desse caminho incerto e inseguro para onde você me trouxe. Deserto, é aqui que eu me encontro, sem flores, sem vida e sem amor. Meu Deus, dai-me forças para encontrar um lugar onde eu não possa sentir tanto a ausência dele. Não quero mais nem estar sem estar e nem viver sem viver.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Vou-me para não te ver morrer

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Vou-me embora. Ficar para quê? Meu coração está muito abatido, sinto que já não aguenta nenhum tipo de emoção, nem mesmo as mais fracas. É triste ficar e vê-lo morrer aos poucos.
Seu declínio foi rápido, nada pude fazer para salvar o meu pobre coração. Ele foi enganado e maltratado. Sempre receei essa mania que ele tinha de se deslumbrar com tão pouco.
Fico triste ao vê-lo assim moribundo, desgastado, sofrido. Ainda lembro dele forte, saudável, radiante... feliz. Batia forte, tinha vontade de viver e curiosidade de saber o que era o amor. Por não conhecê-lo se encantou com falsas promessas. Se apaixonou por um outro coração e na empolgação não percebeu que o outro coração não batia. Não, ele não estava morto, estava congelado. E esse meu iludido coração acreditou que com o seu amor poderia aquecer o outro. Ledo engano!
Ah coração, eu te avisei que você era fraco e no momento que esse outro coração fosse embora levaria o teu calor, a tua luz, a tua graça e a tua vida. Você não acreditou, insistiu... Assinou tua sentença de morte.
E ele te maltratou com o frio e te deixou na solidão. Agora você tá morrendo, mas não é de hipotermia, não. É de falta de amor.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O Devorador de Corações

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Cansei de esperar por alguém que não vai voltar. Cansei de ligar para alguém que nunca atende. Cansei de falar para alguém que não me entende.
Cansei! Cansei desse amor não correspondido, desse clima mal resolvido, desse coração despedaçado que não para de sangrar.
Se você não me queria por que insistiu tanto para que eu te amasse? Por que usava essa sua incrível capacidade de ler pensamentos para desvendar os meus segredos? Por que me olhava tão demoradamente? Qual a necessidade de conhecer o meu mundo se você não queria fazer parte dele?
Por quê?
Quando foi que você se transformou nesse monstro devorador de corações?
E por que logo o meu, que sempre foi tão pequeno e mesquinho?
Você sabia que eu era fraca e não aguentaria essa montanha russa de emoções, mas você não se importa, você nunca se importou.
Faz parte da tua natureza devorar corações.

STOP!

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Eu estou precisando de uma folga de tudo para poder ser eu mesma, mesmo que isso signifique não ser tão boa assim como todo mundo julga que eu deva ser.
Preciso fechar os olhos e chorar. Não um choro com lágrimas que correm para fora dos meus olhos, não. Eu preciso chorar por dentro, lavar minha alma, ficar sozinha. Me olhar melhor pra me reecontrar porque ando tão perdida dentro de mim.
Eu estou precisando de um tempo sem muitas mentiras. As poucas eu até posso lidar, mas aos poucos. Cansei de mentiras feias, sujas, daquelas em que eu até mesmo tenho vergonha de contar para mim mesma.
As aparências enganam, e muito. Fiz uma nova lista de tudo o que eu quero pra minha nova vida. Coisas que eu quero voltar a fazer, sonhos, objetivos... As vezes fico me perguntando porquê parei de meditar, me fazia tão bem. Quero voltar a frequentar a biblioteca, sentir o cheiro de livros velhos, ler mais, estudar mais também, buscar por bandas antigas, escrever coisas construtivas... Me olhar mais no espelho. Não entendo porquê me abandonei tanto assim. Amei tanto outra pessoa que me esqueci de mim.

Aos poucos as coisas vão se acertando

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Sei que sou uma garota orgulhosa, daquelas que não conseguem admitir os seus próprios erros. Sei que sou super teimosa e que não consigo ouvir um não pra já sair batendo a porta. Sei que reconheço que não sou perfeita, mas que odeio as coisas mal feitas. Sei que muitos me acham convencida... Sei que já machuquei pessoas próximas com as minhas palavras e que também já fiz muita gente sofrer, e sem justificativas para isso.
Sei que minhas bandas preferidas não tocam mais na rádio, que meu comportamento é egoísta, que minha voz é estridente, que meus escândalos são engraçados, que minhas piadas não têm graça e que eu deveria para de beber tanto café.
Sei que eu deveria arriscar mais e viver um outro amor, mas eu não quero que seja assim.A certeza que eu tinha da gente virou dúvida e por fim, evoluiu para a decepção (será esse o ciclo natural dos relacionamentos?).
Ah, que vento frio!!! Hoje o dia tá bom pra dormir. Acho que vai chover.
Houve um tempo em que eu sempre dizia: "ahhhh, se eu pudesse voltar no tempo", e hoje eu vejo que as coisas ruins também acontecem em nossas vidas, mas aos poucos vão se acertando.
E aí, depois de tanta dor, eu acabei descobrindo o quanto sou forte. A solidão me fez amadurecer e consequentemente me fez evoluir. Hoje eu sei que no amor ninguém pode machucar ninguém, cada um é responsável por aquilo que sente e não podemos culpar o outro por isso. E no final descobre-se que ninguém perde ninguém, porque ninguém é de ninguém.

Saudade

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Saudade é solidão acompanhada, é quando o amor ainda não foi embora, mas o amado já.
Saudade é amar um passado que ainda não passou. É recusar um presente que nos machuca. É não ver o futuro sem o ser amado.
Saudade é sentir que existe o que não existe mais. É a dor dos que ficaram para trás.
Não conheço ninguém no mundo que deseje sentir esse sentimento chato...
Por que ele não volta? Porque eu estou sem ele, mas ele continua aqui nos meus sonhos e nos meus suspiros? Tudo isso é culpa dessa tal de saudade.
Saudade é sentimento de que ama e não é amado.
E eu amei, amei quem nunca me amou.
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Nosso sonho morreu
Devagarzinho.
Mas pior foi o amor que nem chegou a nascer.
Agora vou enterrar esse sonho e em cima da sepultura vou jogar
violetas roxas que é uma cor triste.

Se não era amor, era da mesma família

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O que eu fiz? Nada, só me apaixonei depois da hora. Cadeia pra mim seria o suficiente, pior que isso, só mesmo esse abandono. Ele nem me disse adeus, partiu mesmo assim. Ainda dói tanto, dói porque pior que não se importar é ignorar totalmente o sentimento do outro.
Não vou esquecê-lo, não acho justo, depois de tudo o que ele me fez sentir, um mix de coisas boas e ruins, os bons momentos, todo o carinho... Por mais que seja necessário esquecê-lo para aliviar a dor, não quero fazer isso. Ficaria vazia esquecendo a pessoa que eu mais amei no mundo. E se não era amor, era da mesma família, pois sobrou o que sobra dos corações abandonados.
A carência, a saudade, a mágoa... Um quase desespero, uma espécie de avião em queda livre que a gente sabe que vai se estabilizar, só não sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo.

domingo, 5 de setembro de 2010

Coração Burro

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Já quis usar um gesso para colar todos os seus pedacinhos, coração burro. Já andei por aí para que você pudesse se encantar com um outro alguém, mas você é teimoso e só sabe ficar me pedindo pra correr atrás dele , agarrá-lo e trazê-lo de volta para que finalmente, seu coração burro, você possa bater em paz, para que o meu rosto possa ganhar um sorriso, para que o restante dos meus órgãos funcionem do jeito certo... Mas eu não posso! Vê se você entende, seu coração burro; Por mais que eu corra eu nunca mais vou conseguir alcança-lo, ele está vivendo uma outra vida e eu não sei nem por onde começar a procurar, eu não tenho placas, nem mapa, nem bússola.
Tem coisas que um órgão não consegue entender, você não pensa, seu coração burro, você apenas sente. Você não sabe raciocinar como eu, e infelizmente, o mundo é muito mais que sentir. E mesmo que eu tentasse, que eu o olhasse nos olhos e o enchesse com os meus argumentos sobre o quanto o nosso amor era lindo e que tinha tudo pra dar certo, você acha que ele voltaria para os nossos braços, para as nossas vidas?
As coisas não vão mudar então você precisa parar de sofrer, seu coração burro. Você precisa me ajudar.
Então eu acho bom você parar com essa mania de bater forte, ao ponto de querer sair pela minha boca, toda vez que ver alguém parecido com ele, quando sentir um cheiro parecido com o dele e quando ouvir um oi tão grave e vibrante quanto o que você costumava ouvir quando ele ainda era nosso. Mas ele se foi, não nos pertence mais. Para de sofrer coração burro!!!
Você precisa aprender a viver sem ele, seu coração burro... Porque ele já substituiu você.

E acabou o amor... O Amor acabou!!! Agora é pra valer.

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Ele queria terminar. Óbvio que isso foi o fim do mundo pra mim, eu me preparei pra almoçar com ele, não pra ser chutada de sua vida. Mas não foi bem um chute, ele é bem educado com essas coisas de sentimento, ele apenas me cancelou de seus planos. Preferi não gritar, xingar, chorar ou qualquer atitude que mostrasse a minha agonia, o local era impróprio. Mas a faca ao meu alcance era algo bastante provocativo, confesso.
Terminar parece tanto com... com a morte. E naquele momento eu morri... Quando será que eu morri na vida dele?
Meu olhar estava perdido. Meus planos foram desfeitos, acordei toda feliz planejando um bom almoço... beijos para matar a saudade... promessas de amor eterno no vocabulário...
Enquanto ele dava desculpinhas esfarrapadas que eu nem quero lembrar, parei pra pensar em como o amor virou um sentimento transitório. Não deu certo essa, escolhe outra... É tão fácil como trocar de roupa, mais rápido que mudar de estação... Maldita era do fast-food!
Agora ele vai ligar para os amigos e anunciar que está solteiro, vai voltar a malhar, vai sair toda sexta, cantar várias, curtir a liberdade. A liberdade... Será que ele queria se libertar de mim? Será que eu sou tão chata assim, meu Deus? Ele que sempre me encheu de elogios... agora que se ver livre de mim.
Pedi explicações, claro! Queria saber o que deu de errado se foi falta ou excesso. Nada. Ele simplesmente disse que acabou.
Então é isso: O sentimento acabou. E eu não consigo entender o que diabos significa isso. Na minha cabeça só podem ser duas coisa: ou nunca foi de verdade, nem forte o bastante ou o amor realmente acaba. As duas hipóteses são muito dolorosas pra mim. Mas se é como dizem que o amor é o maior e o mais verdadeiros dos sentimentos como é que acaba? Sinceramente não acredito nisso. Então, só me resta a última opção... Nunca foi de verdade!!!

sábado, 4 de setembro de 2010

O Amor acaba

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O amor acaba, muitas vezes, porque tem que acabar. As lembranças ficam, as boas e as ruins também. Depois de algum tempo eu ainda lembro da dor, mas ela está passando. E aí eu vou me permitir amar de novo, mesmo sabendo de todos os riscos, que talvez possa quebrar a cara mais uma vez.
Talvez você tenha sido a pessoa certa na hora errada. Mas sentimentos são estranhos (principalmente quando se trata dos meus) e cismam em voltar. Mas agora você não está afim.
Queria pedir desculpas pelas vezes que eu te machuquei, pelas vezes que te julguei errado. Só queria que você entendesse e perdoasse o meu medo.
Queria que você soubesse que me fez muito feliz. E que se não deu certo foi por causa dessa minha mania terrível de esperar demais das pessoas.
Eu queria, de verdade, que você não me esquecesse, porque apesar dessa minha indecisão eu vou te levar pra sempre. Meu maior amor, minha maior saudade, minha melhor lembrança.

Quando Acaba...O que fazer?

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E agora? O que a gente faz quando acaba?
Chora até as lágrimas secarem?
Pensa numa forma menos dolorida de suicídio?
Loca todos os filmes de amor que não deram certo para que sirvam de lição?
Come chocolate?

Nada!!!!!!!!!!!!!!!!!!

A gente não faz nada.
Porque a perda de uma amor é tão grande e tão intensa que você fica sem forças até para viver.

A tão falada sutil Diferença

Partilhar Hoje eu finalmente entendi a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
Eu dei a mão. Ele acorrentou a minha alma, invadiu os meus pensamentos, sufocou o meu eu.
Hoje eu não sei onde ele está.
Nem eu mesma sei por onde eu ando. Pois ele foi e me levou junto.
Acho que não vou esperar que ele volte.
Até mesmo porque não sei se ele vai me devolver.
Sendo assim...
Só me resta uma alternativa:
Começar do zero, me (re)inventar!

Amor não se pede

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É triste saber que falta alguma coisa e pior, é algo que não dá pra comprar, substituir, esquecer, implorar...
É triste perceber que sua intenção de me fazer rir estão estão menos frequentes.
É dolorido ligar para a pessoa amada e ouvir a voz antipática da secretária eletrônica pedindo pra deixar recado.
É chato saber que amor não se pede. E se implorar resolvesse não me importaria de ficar de joelhos. E se chorar desse resultado acabaria com a seca no sertão Nordestino.
Mas amor não se pede, ele simplesmente acontece. E o dele parou de acontecer.

Quando o coração erra...

Partilhar Por que nos apaixonamos por uma pessoa mesmo sabendo que ela é errada?

Acho que sei essa resposta!
Isso acontece porque você espera estar errada em seu julgamento.
E sempre que ele faz uma coisa que mostra que ele não é bom, você (completamente apaixonada) ignora. E sempre que ele age bem, fazendo uma flor com o guardanapo da lanchonete, por exemplo, te surpreende e te reconquista. E aí você esquece a ideia de que ele não serve pra você.
Mas tem um detalhe que o seu amor incondicional não te deixa enxergar: Ele não te ama, ou pelo menos não como você merece. E então você começa a entender o que é se sentir a menor e a mais insignificante das criaturas, começa a perceber o quando é desprezada.
E isso te faz sentir dores em lugares que você nem sabia que existia no seu corpo. E nem adianta se encher de antibiótico porque simplesmente porque a dor não é no corpo. A dor é na alma, no coração.

Isso não é mais uma carta de Amor.

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Foram tantos anos te guardando dentro de mim que realmente é um choque anafilático descobrir que talvez você já não more por aqui.
Eu nunca pensei que estivesse tão apegada a esse sentimento, e agora que ele vai embora estou até me lamentando. Não pelo fato de me ver livre dele, mas por saber que esse espaço que durante tanto tempo esteve ocupado finalmente está vazio. E não, não há nada de mal nisso, até você perceber que ele já pode ter começado a ser preenchido, mas isso é pra outro post.
O fato é que aquilo que eu esperei durante anos, simplesmente aconteceu. Você me procurou como eu quis que fizesse, me tratou bem, como eu sempre havia sonhado e até mostrou intenções das mais fortes, como eu sempre havia esparado. E aí, de repente, como num passe de mágica eu percebo que não é isto que eu estou procurando e que o teu tempo comigo já passou. A minha única angústia é que eu realmente esperei por tudo isso e quando aconteceu eu descobri que não queria mais.
Eu estou me despedindo de um amor que eu pensei que perduraria eternamente em minha vida e isso é, no mínimo, estranho. Positivo, claro. Mas é o fim e eu detesto despedidas. Asssisti Um beijo Roubado" com a Norah Jones e o Judy Law esses dias e ela fala uma frase maravilhosa: "Como se despedir de alguém que você não consegue viver sem?" E durante muito tempo, eu simplesmente não me despedi. Dei as costas e alá Capital Inicial: "Fui embora, mas nunca disse adeus". Deixei a porta aberta, as chaves em um lugar determinado para que você entrasse quando quisesse. E agora eu simplesmente abandono a casa, e não me importo mais com as chaves. Se você quiser que entre. E já não estou mais lá.
E depois de tudo o que aconteceu entre a gente e com a gente, posso dizer que talvez nós ainda nos amamos, só não nos queremos mais.
Mas valeu o aprendizado e a lição mais importante que ficou de tudo isso é que príncipe encantado não existe e eu não sou mais a sua pequena sereia. Aliás, assim como no desenho, eu larguei meu mundo por um amor que me deixou sem voz.